Nego Di vai fazer show em teatro sobre período preso no RS: 'Diário de um ex-detento'
27/10/2025
(Foto: Reprodução) Nego Di deixa presídio em Canoas
O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, vai se apresentar em um teatro de Florianópolis (SC), no dia 7 de dezembro, com um show em que detalhará o período que ficou preso na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), no Rio Grande do Sul.
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O humorista ficou na cadeia entre julho e novembro de 2024. A soltura ocorreu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder liberdade provisória a Dilson, até o julgamento do mérito do habeas corpus solicitado pela defesa. (Veja acima vídeo dele deixando a prisão)
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Intitulada de "Diário de um ex-detento", a novidade foi anunciada pela esposa de Nego Di, Gabriela Sousa, nas redes sociais.
"O 'nego' está de volta. Que alegria, eu não via a hora de dar essa notícia para vocês. (...) Aquela comédia que só ele sabe entregar. Vai falar sobre as nossas visitas íntimas, as curiosidades que vocês têm, como que era lá, o que fazia", contou Gabriela.
Em nota, o Tribunal de Justiça do RS afirmou que "Dilson Alves da Silva Neto está autorizado a realizar apresentações presenciais em qualquer cidade, desde que tenha cumprido a obrigação de informar previamente a autoridade judicial competente sobre eventuais deslocamentos fora do seu domicílio". Leia abaixo a íntegra do documento
O g1 também entrou em contato com a advogada Camila Kersch, que representa Nego Di, mas não obteve retorno até a mais recente atualização desta reportagem.
Em junho deste ano, quando já tinha deixado a cadeia, Nego Di e um sócio foram condenados a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por estelionato.
O humorista seguiu em liberdade e, de acordo com a Justiça, "somente após o trânsito em julgado da condenação (esgotados os recursos), se mantido o regime fechado, ele será preso novamente".
Nego Di deixa presídio em Canoas
Reprodução/ RBS TV
Loja virtual
O humorista foi condenado em um processo de estelionato por não entregar produtos vendidos por uma loja virtual da qual era sócio.
Loja virtual “Tadizuera”: Em junho deste ano, Nego Di e o sócio Anderson Bonetti foram condenados em primeira instância a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por estelionato. A investigação aponta que os clientes tiveram prejuízo com a venda de produtos eletrônicos a preços abaixo do mercado, sem entrega dos itens.
Apesar da condenação, Nego Di está em liberdade provisória desde novembro de 2024. A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares, como proibição de uso de redes sociais, recolhimento de passaporte e comparecimento periódico em juízo.
A Justiça também autorizou que ele continue residindo em Florianópolis, Santa Catarina, onde já vivia antes da prisão.
Além disso, Nego Di foi alvo de sanções judiciais por divulgar informações falsas sobre as enchentes em Canoas e Porto Alegre, sendo obrigado a apagar as publicações e proibido de repetir as afirmações, sob pena de multa de R$ 100 mil.
O influenciador e humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di
Arquivo Pessoal
Nota do Tribunal de Justiça do RS
"Em atenção ao questionamento referente à realização de espetáculo de comédia por Dilson Alves da Silva Neto no mês de dezembro, informamos o seguinte:
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liberdade ao réu, impondo medidas cautelares específicas. Entre essas medidas, destaca-se a proibição de sua aparição em redes sociais e a determinação de que ele não pode se ausentar do domicílio sem comunicar previamente o Juízo responsável pelo caso. Importa esclarecer que, conforme decisão do STJ, não foi exigida autorização judicial para a realização de viagens, mas apenas a obrigação de comunicação prévia.
Portanto, Dilson Alves da Silva Neto está autorizado a realizar apresentações presenciais em qualquer cidade, desde que tenha cumprido a obrigação de informar previamente a autoridade judicial competente sobre eventuais deslocamentos fora do seu domicílio. Ressaltamos que o Superior Tribunal de Justiça foi o órgão competente para conceder a liberdade e fixar as medidas cautelares mencionadas. Informamos ainda que, atualmente, o endereço residencial do réu está registrado no estado de Santa Catarina."
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