Golpe do motel: suspeitos de fazer tocaia na rua e em quartos para flagrar traições e extorquir dinheiro das vítimas são presos no RS
31/10/2025
(Foto: Reprodução) Golpe do motel: presos suspeitos de extorsão para não expor traições
A Polícia Civil prendeu, durante operação na manhã desta sexta-feira (31), oito pessoas suspeitas de aplicar o golpe do motel em vítimas na Região Metropolitana de Porto Alegre: eles faziam tocaia na rua e em quartos para flagrar traições e extorquir dinheiro das vítimas.
De acordo com a investigação, as oito pessoas foram presas preventivamente em Eldorado do Sul, São Leopoldo e em Charqueadas. Os nomes delas não foram divulgados.
A Polícia Civil descobriu que o esquema era coordenado por criminosos de dentro de casas prisionais e contava com articuladores de fora das cadeias que fotografavam veículos e ameaçavam as vítimas (saiba mais abaixo).
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Golpe do motel: suspeitos de fazer tocaia na rua e em quartos para flagrar traições e extorquir dinheiro das vítimas são presos no RS
Polícia Civil/Divulgação
Como os criminosos agiam
O esquema criminoso tinha início com a vigilância, registro fotográfico e em vídeo de veículos, principalmente de alto padrão, nas entradas e saídas de motéis da Região Metropolitana. Suspeitos ficavam de tocaia nas ruas e também em quartos. om essas imagens, os criminosos obtinham dados pessoais das vítimas, como nomes, números de telefone e informações sobre familiares.
Em um segundo momento, os criminosos, se passando por detetives particulares, contatavam as vítimas, principalmente por WhatsApp, alegando terem sido contratados para investigar supostas traições. Com isso, ameaçavam expor o material fotográfico aos familiares. Para garantir o silêncio, exigiam pagamentos que chegavam a R$ 15 mil por pessoas.
Os suspeitos
Um detento de 32 anos, preso em Charqueadas desde 2016, atuava como o coordenador técnico do golpe. De dentro da prisão, ele fazia as consultas de dados dos veículos e dos proprietários.
Já em outra unidade prisional de Charqueadas, a investigação identificou três detentos que, dentro da mesma cela, atuavam juntos na execução das extorsões.
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