Crime da mala: suspeito de esquartejar namorada e espalhar partes do corpo por Porto Alegre é indiciado por 7 crimes

  • 31/10/2025
(Foto: Reprodução)
Detalhes do depoimento de homem preso por suspeita de matar e esquartejar namorada no RS O publicitário Ricardo Jardim, suspeito de matar, esquartejar e esconder as partes do corpo de sua namorada em Porto Alegre foi indiciado pela Polícia Civil por feminicídio, ocultação de cadáver e falsificação de documentos. De acordo com o diretor do Departamento de Homicídios, delegado Mário Souza, a pena pode chegar a quase 100 anos, em caso de condenação. As conclusões do inquérito foram apresentadas nesta sexta-feira (31). Jardim está preso preventivamente desde setembro. A vítima foi identificada como Brasília Costa, 65 anos. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Em nota, a Defensoria Pública do Estado sustentou que "o indiciamento de Ricardo Jardim não vincula o Ministério Público e tampouco configura uma acusação formal". A instituição acrescenta que é "precipitado discutir o teor do indiciamento — especialmente considerando que a causa da morte da vítima ainda é desconhecida". Leia a íntegra abaixo. A investigação teve início depois que o torso do cadáver foi achado dentro de uma mala em um armário da rodoviária da capital em agosto deste ano. A polícia segue em busca do crânio da mulher. "A falta desse segmento do corpo não afeta a questão criminal. Nós fechamos o inquérito, mas continuaremos o trabalho para buscar a cabeça da vítima", afirma Souza. O primeiro descarte de partes do corpo ocorreu em 13 de agosto, em um local ermo, sem movimento ou câmeras de segurança, na Zona Leste da capital. Já o segundo ato foi registrado em 20 de agosto, na rodoviária, um espaço de grande circulação e monitoramento. As pernas foram encontradas em dois trechos diferentes da Zona Sul. O suspeito foi identificado a partir de imagens de uma câmera de segurança do estabelecimento comercial. Em certo momento da gravação, ele é visto abaixando a máscara que usava e que aparecia vestindo no vídeo registrado na rodoviária da capital (veja abaixo). O Ministério Público (MP) vai analisar o inquérito e pode denunciar ou não o publicitário. Caso faça e o Judiciário aceite, ele começa efetivamente a ser julgado. Veja todos os crimes pelos quais Jardim foi indiciado Feminicídio Ocultação de cadáver Falsificação de documento público Uso de documento falso Falsa identidade Invasão de dispositivo informático Furto mediante fraude Vídeo mostra momento em que homem deixa corpo em mala na rodoviária de Porto Alegre O depoimento A repórter Adriana Irion, de Zero Hora, teve acesso à íntegra do depoimento com exclusividade. Jardim negou que tenha matado a mulher. Ele afirma que o combinado entre o casal era comemorar um ano do relacionamento. Entretanto, quando chegou no quarto dela, teria encontrado a mulher "deitada na cama com o braço caído", já morta, em 8 de agosto, e não soube como reagir. Já segundo a polícia, Jardim teria matado a mulher no dia seguinte. "Ela estava imóvel, eu sacudi, chamei por ela e ela não respondeu nada. Aí eu fiz todo aquele procedimento que a gente faz: olha pulso, olha aqui, ouve, tenta ouvir a respiração, coração... Por último peguei o aparelhinho, botei no pulso dela", relatou. Ao ser questionado o que fez depois de encontrar a namorada morta, Jardim disse: "Acertei ela na cama, botei o cobertor por cima, fechei a porta de novo e voltei para o meu quarto." No depoimento, o publicitário diz que pagou R$ 2 mil a um catador de material reciclável conhecido como "Binho": "Eu disse para ele [Binho] que eu botaria ele [o corpo] numa mala, mas eu não disse para ele picar ela, não disse para ele cortar a cabeça, eu disse para ele (...) cortar um pedaço da perna, uma coisa assim, para caber numa mala", relatou. Em outro trecho do depoimento, Jardim afirma que temia ser preso: "Eu tinha medo de ser preso. Tinha certeza que ia ser preso. E, além disso, tinha medo de ser preso com a acusação de também ter matado ela. Sei lá pelo que, por envenenamento, por estrangulamento, não sei exatamente o quê." O publicitário disse ainda que a ideia era distribuir as partes do corpo de Brasília em vários locais da cidade, para dificultar o trabalho da investigação. E explicou por que escolheu a rodoviária como um desses locais: "Pensei na rodoviária, recém foi reformada por causa da enchente, não deve ser tão aparente. Achava ela mau iluminada, complexa. Aí resolvi deixar, 'vamos ver o que acontece, pelo menos vão encontrar um corpo, vai dar para enterrar, não é uma coisa que vou jogar no rio e vai sumir para todo o sempre'", afirmou. Ricardo Jardim, publicitário preso por suspeita de matar e esquartejar mulher em Porto Alegre Reprodução LEIA TAMBÉM: Quem era a mulher teve corpo deixado em mala Juíza explica regime semiaberto para suspeito Caso da mala: confirmada identidade de mulher Vítima conheceu homem em abrigo na enchente Quem é o publicitário preso preventivamente e suspeito Publicitário criava perfis falsos com IA para atrair mulheres Nota da defesa de Ricardo Jardim "A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul e os Defensores Públicos signatários da presente nota reafirmam o respeito institucional ao trabalho realizado pela Polícia Civil, mas lembram que o indiciamento de Ricardo Jardim não vincula o Ministério Público e tampouco configura uma acusação formal. Ainda não há ação penal em curso, sendo, portanto, precipitado discutir o teor do indiciamento — especialmente considerando que a causa da morte da vítima ainda é desconhecida. A Defensoria lamenta profundamente a divulgação, sem autorização judicial e em violação à Lei Geral de Proteção de Dados, dos vídeos do interrogatório policial do investigado. Tal exposição fere direitos fundamentais, como a intimidade, a imagem e, sobretudo, os princípios constitucionais da presunção de inocência e da ampla defesa. O papel da Defensoria Pública é justamente o de assegurar que todo cidadão, independentemente de sua condição, tenha seus direitos respeitados e seja julgado dentro do devido processo legal, livre de pré-julgamentos e pressões midiáticas. Assim que houver eventual acusação formal, a Defensoria iniciará o patrocínio efetivo da defesa de Ricardo Jardim, garantindo a observância plena das garantias constitucionais e do Estado Democrático de Direito. Tatiana Kosby Boeira Gabriel Luiz Pinto Seifriz Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul" Infográfico - Linha do tempo: homem preso após abandonar mala com corpo na rodoviária de Porto Alegre Arte/g1 VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2025/10/31/crime-da-mala-indiciamento-ricardo-jardim.ghtml


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